terça-feira, 27 de janeiro de 2009

DE VOLTA NO TEMPO: A REVOLUÇÃO DE 30

EM NOME DA JUSTIÇA


Bem sabemos que a vida nem sempre é justa para todos. Justiça e injustiça andam juntas nesta vida, é por isso que pedimos a Deus que nos livre do mal. Mas, os fatos de 1929-30 são aberrantes, um verdadeiro insulto a nossa inteligência. Mentiras transformadas em BRADO HERÓICO como foi o NEGO que nunca existiu. Fámílias tradicionais e cidadãos simples foram transformados em bandidos e exterminados pela máquina gornamental. O defunto JP transformado em boneco excitador de massas de manobra. Verteu-se num objeto de culto e veneração para gentis ignóbios. A velha política do café com leite funcionou como justificativa patriotica para matar indiscriminadamente qualquer que ao menos declarasse pensar que podia pensar. Se numa eleição subia ao poder um candidato de São Paula, na seguinte, de Minas Gerais, por que Minas apoio Getúlio sendo ele do Rio Grande do Sul? Essa alternancia teve seu ciclo quebrado a partir de então. Era uma política injusta e prepotente por anular os demais estados brasileiros. Apenas Minas e São Paulo mantinham o poder.

A Revolução de 30 foi algo inútil e absurda, até derrubar Washington Luis e Júlio Prestes legitimamente eleitos dando início a saga de extemínios. Getúlio foi um golpista que não aceitou a sua derrota nas urnas e utilizou o tenentismo, movimento que o próprio João Pessoa combateu quando ministro do Tribunal Superior através de seus julgamentos.

MANIFESTO



MANIFESTO

MOVIMENTO BANDEIRA VIVA PARA UMA PARAÍBA VIVA
Caros paraibanos e diletos conterrâneos desta linda e abençoada terra. A despeito das motivações que nos impelem à mudança do layout de nossa bandeira reside no fato de ter sido produto de imposição reconhecidamente partidária e unilateral, não unânime. Gostariamos muito que o governador João Pessoa, ou "Joca da Porteira" fosse um grande herói e nunca jamais tivesse de ter cassado o título de 'salvador da Paraíba', como supoem aqueles saudosistas que insistem nesta tese improvável. Pelo contrário, não há nada de que possamos nos orgulhar. Se é que mandar destruir residências de opositores políticos (como no caso da família dos Dantas da cidade de Teixeira-PB, e ordenar a destruição de indefesos cidadãos da cidade de Patos) seja algo do qual possamos nos orgulhar. Em vez de um administrador exemplar temos o registro de um desequilibrado mental, um sanqüinário. É triste o desenrolar dos fatos de 1928 a 30. Desafortunados e moribundos, vítimas crueis de uma guerra insana, de um despropósito irresponsável e prepotente. Se fossemos medir o governo de JP pela obras e ações seria indubitavelmente o pior governo que a Paraíba já conheceu. Como puderam transformá-lo num herói? Herói de verdade foi o incrível João Mattoso Cardoso que, no Forte Santa Catarina, enfrentou várias invasões entre elas os franceses e o terrível ataque holandês que tinha a marinha mais poderosa da época competindo contra os britânicos. João Mottoso, esse sim, morreu defendendo a nossa terra sem nunca fugir. Com arma em punho defendeu até a morte o posto que nunca abandonou. O mesmo não podemos dizer de um "herói" que armou o contigente policial do Estado para perseguir e matar seus irmãos por pendengas particulares, rixas partidárias. Para o Movimento Bandeira Viva este não é o herói que queremos, nem seu sangue representa valor algum para estar espampado em nossa Bandeira forçando-nos a conviver com o luto eterno. Aliás, um luto in memória de alguém que conseguiu com seus feitos abrir feridas ainda hoje difíceis de fechar. Uma pergunta solene se nos impõe: até quando, os cidadãos paraibanos, teremos que conviver com um simbolo do terror e intolerância políticas ostentada em nossa Bandeira? Até quando continuará com esta mortalha rubro-negra sustentando velhas mentiras? Isto é um insulto a inteligencia dos paraibanos!
Diante da riqueza e brio do povo paraibano, do empreendedorismo das novas gerações, eis um simbolo vergonho, triste e inglório. Chega de sangue e luto desfocado, chega de "NEGO"! É hora de dizermos um "SIM" para a construção de uma nova mentalidade que some esforços para fazer nascer uma bandeira viva, altiva como um estandarte real que represente com todas as cores nosso povo, nossa gente.
Texto: Joilson Assis.